quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O Trem como solução para o Estado de São Paulo


Lorival Messias é vereador em Valinhos pelo 4º mandato, presidente da Câmara e do Parlamento Metropolitano. Também é um dos defensores da ferrovia no país e do transporte ferroviário de passageiros para melhorar a mobilidade urbana no estado de São Paulo, tanto que foi eleito Coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Transporte Ferroviário de Passageiros das Regiões de Campinas e Jundiaí. Após três anos de luta, solicitando o retorno do trem aos trilhos da região de Campinas, os primeiros frutos começam a aparecer: o governo do Estado anunciou que a licitação das obras será feita em outubro, contemplando a região de Campinas. Conheça um pouco mais desse trabalho em prol da ferrovia do interior paulista.

1) O senhor é vereador em Valinhos e desde 2011 integra um movimento para retorno do trem de passageiros. O que consiste este movimento e que cidades seriam atendidas?

O movimento que faço parte pede o retorno dos trens regionais para todo o Estado, por acreditarmos que o transporte ferroviário é a única forma de desafogar as rodovias paulistas e oferecer uma melhor mobilidade urbana em todo o Brasil.

Para a região de Campinas, especificamente, pedimos a extensão dos serviços da Linha 7 – Rubi da CPTM até Campinas, atendendo os municípios de Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas, com posterior interligação a demais municípios, como Americana e Sumaré.

2) E quais as vitórias que o movimento conseguiu deste então?

No início, quando falávamos em trem regional, ninguém acreditava que seria possível o retorno do transporte ferroviário de passageiros, nem mesmo o secretário estadual queria ouvir a nossa proposta. Foram muitas audiências públicas realizadas na região para ouvir o que a população tinha a falar sobre o retorno do trem. Felizmente, a população sempre foi muito receptiva, dando claras demonstrações de que gostaria de ter um novo modelo de transporte implantado no Estado.

Diante desse clamor, a Secretaria Estadual fez estudos técnicos na região que apontaram essa necessidade, bem como, a viabilidade técnica das operações.

Estivemos reunidos em janeiro com a equipe da Secretaria de Transportes Metropolitanos e eles nos confirmaram que as licitações para contração da empresa responsável pelas obras teria início ainda este ano.

3) Em sua opinião, quais as vantagens do retorno do transporte ferroviário na Região de Campinas?

A região de Campinas conta com aproximadamente 3 milhões de habitantes e as cidades estão cada vez conturbadas. Os moradores, tanto poderão deslocar-se para a Capital, como também poderão fazê-lo, entre as demais cidades atendidas pela CPTM.

A opção do transporte dos trens da CPTM para Campinas e Região, também terá reflexos na melhoria do sistema de transporte rodoviário, com uma redução considerável de veículos, e ônibus que viajam até São Paulo, principalmente pelas rodovias Anhanguera e Bandeirantes, que se encontram bastante saturadas, com trânsito pesado, e engarrafamentos diários.

Outra grande vantagem dos trens, é que possuem como fonte de energia, a alimentação elétrica de seus motores, (energia limpa) não produzindo poluentes ao meio ambiente.

Os embarques/desembarques de passageiros, são realizados do centro de uma cidade ao centro de outra, ainda mais, o transporte da CPTM no município de São Paulo, é interligado ao sistema do METRÔ, e traz perspectivas de mais um outro meio de deslocamento dentro da capital paulista.

Afora isso, o trânsito urbano da cidade de São Paulo, que já está muito próximo do caos, com vários congestionamentos diários, em especial, nos dias de chuva, terá uma redução expressiva na circulação de veículos (carros e ônibus) vindos do interior.

4) A ideia é utilizar o mesmo traçado existente em cidades que já possuem a malha ferroviária?

Antes da extinção da FEPASA – FERROVIA PAULISTA S/A,- ocorrida em 1.998 – Campinas, Valinhos, Vinhedo e Louveira, já eram atendidas e beneficiadas pelos chamados “trens de subúrbios da FEPASA” que corriam de Campinas à São Paulo.

Portanto, toda a infraestrutura/obras necessárias para a expansão dos serviços de transportes de passageiros da CPTM de Jundiaí à Campinas, já estaria pronta, tendo um baixíssimo custo ao Estado se comparados com outros projetos de trens regionais, vez que, neste trecho ferroviário – linhas férreas duplas – já circulavam esse tipo de trem, e possuem melhores condições.

Campinas, Jundiaí e até mesmo Hortolândia já possuem grandes oficinas de manutenção de locomotivas/trens que se encontram desativadas, e que poderão ser utilizadas pela CPTM – na manutenção e consertos dos trens, abrindo a possibilidade de criação de novos empregos no setor ferroviário em nossa região.

5) Como as demais autoridades podem auxiliar esse movimento?

A Lei nº 12.587/12 da Política Nacional de Mobilidade Urbana determinou que as cidades são obrigadas, em até três anos, elaborarem planos diretores sob pena de não receberem nenhum tipo de auxílio federal para projetos de mobilidade urbana.

Considerando que esta lei estabelece o desestímulo ao uso do automóvel, as melhorias do transporte coletivo, o estímulo ao transporte não motorizado e a integração entre o uso do solo e dos transportes, é necessário que as autoridades planejem desde já o regresso do trem, incluindo o transporte ferroviário em seus planos diretores para que assim, as cidades possam, futuramente e, aos poucos, adequar suas estruturas.

6) E a população, também pode ajudar?

Sim, a população pode e deve participar assinando a adesão à nossa frente, contribuindo com debates e comparecendo nas audiências públicas realizadas no Estado.

7) O senhor avalia que com o início da operação do transporte ferroviário, outros meios de transporte, como os ônibus, por exemplo, terão prejuízo?

Não, pelo contrário. Com a volta do transporte ferroviário, esperamos, cada vez mais, fazer com que a população deixe o carro em casa e vá trabalhar fazendo uso do transporte público. O trem será apenas um dos meios e, para ele funcionar bem, deve estar integrado a demais meios de transporte: ônibus, bicicleta, metrô, táxis. Mas para isso, precisamos aumentar a participação dos trens no transporte de massa. Em 2012, os trens carregam só 3% dos passageiros do País, incluindo o metrô na conta.

Lorival é candidato a Deputado Estadual – 90100

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Frente Parlamentar Ferroviária realiza Audiência Pública nesta 4ª feira em Americana.

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, Vicente Abate, é o convidado especial
O município de Americana discute nesta quarta-feira, 13, a implantação dos Trens Regionais no interior do Estado, a partir de Audiência Pública na Câmara Municipal, organizada pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Transporte Ferroviário nas Regiões de Campinas e Jundiaí. O evento tem o apoio dos vereadores de Americana, Paulo Chocolate e Profº. Luiz Renato.

Assim como Americana, outros municípios já fizeram essa discussão, como Valinhos, Vinhedo, Louveira, Jundiaí e Campinas. De acordo com o coordenador da frente, o presidente da Câmara de Valinhos, Lorival Messias (PROS), o objetivo desses encontros é o de reivindicar mais um modelo de transporte para o Estado, que faça a ligação entre as cidades.

CPTM“A população precisa de um transporte de massa, que seja barato e rápido. O trem só vem a somar com os demais meios de transporte, vai incentivar as pessoas a deixarem o carro em casa e, assim, conseguiremos diminuir os congestionamentos nas rodovias, que há tempos estão saturadas”, explica Lorival.

Para ampliar as discussões acerca do tema, o presidente da ABIFER (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), Vicente Abate, fará uma palestra sobre a importância das ferrovias para o país, em especial, à Região Metropolitana de Campinas.

A Frente Parlamentar Ferroviária é composta por dezenas de autoridades e lideranças das regiões de Campinas e Jundiaí que possuem o mesmo objetivo: o regresso do trem de passageiros interligando as cidades. Além do vereador Lorival, integram a coordenação da frente o vereador de Louveira Reginaldo Lourençon, o suplente de vereador em Vinhedo, Carlinhos Paffaro e o presidente do Sindicato dos Ferroviários Paulistas, Francisco Aparecido Felício.

O evento tem início às 19h e é aberto à população que poderá se manifestar sobre o tema. A Câmara Municipal de Americana está localizada na Praça Divino Salvador, nº 5.

Três anos de campanha

Neste mês de agosto a luta pelo retorno de trens de passageiros completa três anos. Segundo os coordenadores do movimento, muitos avanços foram contabilizados no período, como o anúncio da abertura das licitações das obras do trem neste ano; reuniões entre os prefeitos da região destacando a importância dos municípios preverem desde já o transporte ferroviário em seus Planos Diretores e, sobretudo, o engajamento popular que o movimento tem recebido.

Serviço:

Audiência Pública sobre implantação dos Trens Regionais

Dia 13 de agosto às 19h

Câmara Municipal de Americana

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

5 dados mostram como o transporte público não é prioridade no Brasil


Embora seja responsável por apenas 30% das viagens feitas nas maiores cidades do país, o transporte individual (carros e motos) recebe três vezes mais recursos públicos do que o transporte coletivo.

Os dados estão entre os números apresentados no relatório Sistema de Informações da Mobilidade Urbana, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), divulgado na semana passada.

A ANTP analisou 5 aspectos relativos à mobilidade, sempre comparando o transporte coletivo com o individual. Os dados incluem os municípios brasileiros com mais de 60 mil habitantes. No total, foram incluídas 438 cidades, responsáveis por 61% da população nacional.

Veja a seguir os 5 números do relatório que mostram que, apesar do discurso de priorização do transporte público, a realidade atual ainda é outra:

1. 57,2% das distâncias percorridas pelas pessoas é feita em transporte público

Em 2012, ano de referência da pesquisa, os brasileiros percorreram 432 bilhões de quilômetros, usando várias formas de deslocamento (carro, moto, ônibus, trilhos, bicicleta e até a pé).

Enquanto o transporte público é responsável por 57,2% das distâncias percorridas, os automóveis só são usados para 31% das distâncias.

2. O transporte coletivo representa 29% das viagens, mas consome 49% do tempo gasto pelas pessoas

Segundo a pesquisa, os moradores das cidades analisadas gastam 22,4 bilhões de horas por ano em seus deslocamentos.

Quase metade (49%) deste tempo é gasto em transporte público - embora só 29% das viagens sejam feitas por meios de transporte público.

3. 72% de toda a energia consumida em transportes em um ano foi gasta por automóveis

São consumidos cerca de 13,5 milhões de Toneladas Equivalentes de Petróleo (TEP) por ano nos deslocamentos. Deste total, 72% é gasto no uso do automóvel e 24% no transporte público.

4.Transporte individual é responsável por 77% dos gastos públicos com mobilidade

Em 2012, os custos individuais em mobilidade foram estimados em R$ 184,3 bilhões, dos quais o transporte individual é responsável por 79%.

Os custos arcados pelo poder público foram estimados em R$ 10,3 bilhões por ano, sendo que 77% é destinado ao transporte individual.

Por custo individual entende-se os arcados pelos usuários ou por empregadores quando há uso de vale transporte. Por custos arcados pelo poder público, entende-se o gasto com manutenção do sistema viário.

5. Transporte individual provoca custo de acidente de trânsito 6 vezes maior que o coletivo

O custo total com acidentes de trânsito é de R$ 15,2 bilhões por ano. O transporte coletivo responde por um gasto de R$ 2,2 bilhões, enquanto o transporte individual consome R$ 13 bilhões, mais de 6 vezes mais. 

Fonte: Portal do Trânsito/Já é Notícia

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Viagem de MG ao ES de trem será feita em composição de luxo a partir de agosto

Mineradora Vale investiu US$ 80,2 milhões para aquisição da nova frota. Vagões são climatizados e obedecem a padrões europeus de qualidade

Estado de Minas

As pessoas que já viajaram de trem, ou mesmo aquelas que têm curiosidade de embarcar em um transporte ferroviário, vão ter um novo motivo para utilizar esse meio de transporte a partir da segunda quinzena de agosto. Nessa data, vai entrar em circulação o Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). De acordo com a mineradora Vale, o investimento para a aquisição da nova frota foi de US$ 80,2 milhões, o que vai possibilitar aos passageiros o embarque e desembarque em 30 pontos ao longo da malha atendida pelo serviço.

No início deste ano, a Vale anunciou o investimento para a compra dos carros que irão operar na estrada de ferro. Fabricados na Romênia, os vagões obedecem a padrões europeus de qualidade. De acordo a empresa, serão 56 novos carros, sendo 10 executivos e 30 econômicos. Ainda como parte do investimento, estão novos carros para restaurante, lanchonete, gerador e cadeirantes, que foram integrados à frota.

Cada carro executivo tem capacidade para transportar 57 passageiros e os econômicos vão poder trafegar com 75 pessoas. Porém, em ambas as classes os carros são climatizados e contam com tomadas elétricas individuais nas poltronas para possibilitar o carregamento de notebooks e celulares. A área executiva custa R$ 91 para todo o percurso e terá sistema de som e iluminação individualizados para dar maior conforto e comodidade aos viajantes. Os carros-restaurante terão 72 lugares, aumento de 56% em relação às composições que operam atualmente. O setor econômico custa R$ 58.

O novo Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas ainda oferece banheiros modernos, com layout e tecnologias voltadas a priorizar o uso sustentável dos recursos naturais, como a substituição de papel-toalha por ar quente para a secagem das mãos. Toda a composição ainda vai contar com detector de fumaça, para aumentar a segurança dos usuários. Os passageiros vão ter displays externos e internos que exibem informações gerais sobre a viagem.

O trajeto de Minas Gerais para Vitória (ES) tem extensão de 664 quilômetros e passa por 42 municípios. A mineradora informou ainda que mais de R$ 1 milhão de passageiros são transportados por ano. 

Estado de Minas

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Parlamento busca revitalização de ferrovias no Estado de SP

Da Redação: Josué Rocha

Lorival Messias: Coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Transporte Ferroviário de Passageiros nas regiões de Campinas e Jundiaí

As primeiras companhias ferroviárias no Estado de São Paulo surgiram na década de 1860, tendo como força motriz as plantações de café. O sucesso da interligação entre Santos e Jundiaí estimulou a formação de outras vias, dando acesso às regiões de Itu, Sorocaba e Mogi das Cruzes. O modal ferroviário, tão importante no início do século 20, começa a sofrer declínio com o apoio do governo à indústria automobilística, atraindo montadoras americanas e europeias, o que levou a construção de inúmeras rodovias. 

A poluição provocada pelos automóveis, os congestionamentos constantes nas grandes metrópoles e o alto custo do combustível têm feito o país buscar alternativas para o transporte terrestre. A revitalização da malha ferroviária do Estado é uma dessas alternativas e está na pauta da Assembleia Legislativa. 

Desde 2011 - primeiro ano da atual legislatura " foram promovidas audiências públicas, envio de ofícios requerendo providências, reuniões com autoridades e empresários do setor, além de inúmeras diligências ao interior paulista. Naquele ano, inclusive, foi criada a Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, com apoio de mais de 20 parlamentares e coordenada por Mauro Bragato (PSDB). 

O representante da Secretaria estadual dos Transportes, Milton Xavier, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, em abril de 2014, elogiou a iniciativa de se colocar a defesa do modal ferroviário na agenda do Parlamento. "As estradas estão entupidas, a mobilidade e os custos logísticos ficaram insustentáveis", afirma Xavier. Ele observa que o Estado de São Paulo já percebeu o equívoco cometido pelos governantes nos últimos 60 anos ao incentivarem, quase que exclusivamente, o modal rodoviário. Ele afirma que atualmente há políticas públicas também para a ferrovia. 

Interior paulista 

A manutenção e a expansão da malha ferroviária em direção ao interior paulista suscitaram várias intervenções parlamentares. A cidade de São José do Rio Preto, em novembro de 2013, sofreu com o descarrilamento de um trem da América Latina Logística (ALL). Dois vagões que transportavam milho atingiram uma casa e acabaram matando oito pessoas. O deputado Sebastião Santos (PRB) iniciou, à época, uma campanha pedindo a retirada dos trilhos do perímetro urbano de Rio Preto. A ferrovia passa por 27 bairros e pelo distrito de Engenheiro Schmitt. Segundo o parlamentar, a prefeitura daquela cidade, desde 2009, tem um projeto apresentado ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) solicitando a construção de um contorno ferroviário para desviar os trens. Segundo o projeto, a linha sairia de Cedral e seria levada até Mirassol, passando por áreas rurais. 

A malha ferroviária pertence ao governo federal, razão pela qual o abaixo-assinado foi destinado a autoridades federais. A obra está avaliada em R$ 300 milhões, valor que tem sido impeditivo para a mudança. O apelo é para que o governo apóie o município nesse desvio. 

A construção da Ferrovia Norte-Sul (FNS), que terá trecho em território paulista, também fez parte dos debates. Prefeitos e vereadores da região de Campinas e Sorocaba acompanharam, na Assembleia Legislativa, audiência pública promovida pela Frente Parlamentar que teve exposição do secretário estadual Jurandir Fernandes de vídeos e mapas relacionados à expansão do modal ferroviário. 

Fernandes explanou sobre a revitalização de mais de 200 quilômetros de vias férreas e disse que o governo paulista tem interesse em que esta ferrovia atenda a região do Oeste paulista, indo de Estrela d"Oeste até Panorama, passando por Presidente Epitácio. 

Essa linha férrea, projetada para promover a integração nacional, minimizar custos de transporte e interligar as regiões brasileiras, por meio das suas conexões com ferrovias novas e existentes, quando estiver pronta, ligará Barcarena (Pará) até Rio Grande (Rio Grande do Sul). Desde 2006, a Valec, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes tem sido a responsável pela construção da ferrovia. Em 2012, a Valec concluiu o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental " EVTEA do trecho de Estrela d"Oeste a Panorama. Também contratou o EVTEA dos segmentos Panorama a Chapecó/SC. 

Em Presidente Prudente, num encontro do coordenador da Frente, deputado Mauro Bragato (PSDB) com lideranças políticas regionais, foi solicitado o retorno das atividades das linhas férreas pela América Latina Logística (ALL), empresa que administra a malha naquela região. No encontro, várias empresas com atuação naquela cidade, expuseram a necessidade da retomada do transporte ferroviário, o que facilitará o escoamento da produção. 

Manutenção 

Já em Rio Claro, o que se pleiteia é a transferência das oficinas de manutenção ferroviária do centro da cidade para a região do Jardim Guanabara. O deputado Aldo Demarchi questionou, em reunião realizada pela Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa, o superintendente da ALL, Evandro Abreu de Souza, sobre a demora na concretização desse projeto. Segundo Souza, a transferência do local das oficinas depende de autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). "Conforme ficou estabelecido no contrato de concessão, cabe ao DNIT elaborar projetos e executar obras referentes à malha ferroviária", afirmou. 

O Ministério Público Federal também participa ativamente dos debates. Neste ano, audiência pública da Frente ouviu o procurador da República Luis Roberto Barroso, que apontou irregularidades praticadas pela concessionária ALL, como a troca de trilhos e dormentes por outros de qualidade inferior, bem como o abandono do serviço de transporte de carga na região de Presidente Prudente. O jurista defende a retomada do serviço público pelo poder concedente. 

Na oportunidade, Ed Thomas (PSB), parlamentar oriundo da região, também criticou duramente a postura da concessionária. "Uma região que já foi produtora de algodão, milho, carne, tomate, amendoim, dentre outros, agora está abandonada". Em resposta, o diretor da ALL, Pedro Roberto de Almeida, propôs uma reunião com o representante do Ministério Público a fim de se buscar um acordo, prometendo disponibilizar trens para transporte se os produtores estiverem dispostos a assinar um contrato a respeito. 

Já Roberto Massafera (PSDB) ponderou sobre as limitações que os agentes públicos encontram. Segundo ele, a cidade de Araraquara, embora tenha recebido verba para deslocar a linha férrea que passa no centro da cidade para o entorno do município, ainda não conseguiu realizar a obra. 

Jean Mafra, da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), órgão responsável por fiscalizar o setor, o cumprimento das cláusulas dos contratos, os direitos e obrigações das partes envolvidas no contrato de concessão, afirmou que produção e segurança são os pilares observados pela ANTT. Ele afirmou, na ocasião, que a agência tem observado o incremento de investimento no transporte de cargas de forma gradual e crescente. Por outro lado, deve se buscar sempre maior segurança, tornando decrescente o número de acidentes. 

Informações de Agência Alesp; Jornal Unicamp (pesquisa de Cristina de Campos);  portal da Valec (Engenharia, Construções e Ferrovias S.A) e Sindicato dos Ferroviários

terça-feira, 8 de julho de 2014

O que é mobilidade urbana?


Mobilidade urbana é a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano de um Município. Assim, a mobilidade urbana adequada é obtida por meio de políticas de transporte e circulação que visam a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e não motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável.

No Brasil, a lei federal nº 12.587, de 2012 estabeleceu as seguintes diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana:

1. integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos;
2. prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;
3. integração entre os modos e serviços de transporte urbano;
4. mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade;
5. incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis e menos poluentes;
6. priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado; e
7. integração entre as cidades gêmeas localizadas na faixa de fronteira com outros países sobre a linha divisória internacional.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Mobilidade_urbana

domingo, 6 de julho de 2014

SP obtém R$ 960 milhões para linha da CPTM que passará pelo Aeroporto de Guarulhos

O investimento total previsto é de € 557,48 milhões (R$ 1,8 bilhão).


Mais R$ 960 milhões estão garantidos para a construção da Linha 13-Jade da CPTM, que vai ligar a capital ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Os recursos serão obtidos por financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento. O contrato com a AFD foi assinado nesta quinta-feira, 3, pelo governador Geraldo Alckmin.

“Está tudo contratado. Oito trens novos, 64 carros, e essa linha que chega ao aeroporto depois ela continuará na Vila São João e Bonsucesso”, disse o governador Geraldo Alckmin.

O investimento total previsto é de € 557,48 milhões (R$ 1,8 bilhão), sendo € 300 milhões (R$ 960 milhões) por meio do financiamento da AFD para Obras Civis, € 80 milhões (R$ 256 milhões) por meio de financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) para Material Rodante, R$ 250 milhões provenientes do PAC Mobilidade (OGU) para Energia, Telecom e Sinalização e R$ 322 milhões em recursos do Estado de São Paulo como Contrapartida.

A Linha 13-Jade atenderá a demanda em expansão da ligação de Guarulhos com São Paulo. A linha terá as estações Aeroporto de Guarulhos, Guarulhos-Cecap e Engenheiro Goulart, onde fará integração à Linha 12 – Safira (Brás-Calmon Viana), em São Paulo. A estação Engenheiro Goulart, na Linha 12-Safira, foi fechada ao público no dia 23 de junho e o prédio já está sendo demolido. No lugar, será construída uma nova e ampla estação para atender a demanda das duas linhas.

Do Portal do Governo do Estado

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Mulheres ganharão vagão exclusivo em trem e metrô

Por Folhapress/Valor Econômico


São Paulo  -  Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram o projeto de lei que prevê a criação de um vagão exclusivo para as mulheres. A ideia dessa composição é evitar o assédio sexual às passageiras durante as viagens, nos mesmos moldes que acontece no Rio de Janeiro.

Pelo projeto, metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) devem ter um vagão em cada composição só para o uso das passageiras. O chamado "vagão rosa" não funcionaria nos feriados e nos finais de semana, período de menor movimento no transporte público.

Mulheres acompanhadas de crianças, mesmo que do sexo masculino, também podem usar o vagão exclusivo. O projeto segue agora para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que poderá sancionar ou vetar o projeto.

No projeto de lei, o deputado Jorge Caruso (PMDB) justifica a criação de vagões especiais por conta dos abusos que acontecem nos trens, principalmente, nos horários de pico.

"Sabemos que, infelizmente, grande parte da população feminina é obrigada a conviver com abusos pela falta de espaço nas composições. Essa situação é constrangedora para quem é obrigada a utilizar esse meio de transporte para ir e vir do trabalho, à escola, e outros, pois na falta de espaço nos vagões, as mulheres não têm outra opção senão 'aguentar' esse constrangimento durante todo o percurso, que muitas vezes é longo", diz o deputado no projeto de lei.

"Direito de igualdade"

Procurados, o Metrô e a CPTM afirmaram apenas que o vagão exclusivo para as mulheres "infringe o direito de igualdade entre gêneros à livre mobilidade".

A cidade do Rio de Janeiro tem desde 2006 vagões do metrô voltados para mulheres nos horários de pico. Eles funcionam nos dias de semana das 6h às 9h e das 17h às 20h.

sábado, 28 de junho de 2014

Câmara de Macaé, RJ, aprova cessão de composições do VLT

Do G1 Região dos Lagos

A Câmara de Macaé, no interior do estado do Rio, autorizou a Prefeitura a ceder as composições do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ao Governo do Estado, tendo em troca a garantia de receber os R$ 45 milhões em investimento para construção do Arco Viário de Santa Teresa. Com isso, o município receberia de volta os R$ 15 milhões investidos para a compra das máquinas que nunca saíram das estações, no Centro da cidade.

Foram 13 votos a favor e quatro contra o projeto. A Prefeitura, por meio de nota, informou nesta quinta-feira (26) que o projeto terá 15 dias para ser sancionado pelo prefeito. Após a sanção e publicação da lei seguirão os trâmites para cessão do bem, mas não disse em quanto tempo a cessão será realizada.

O executivo municipal voltou a afirmar que o atual projeto é "inexequível" e engrandeceu o projeto do Arco Viário. Disse que a nova estrada irá permitir uma melhor circulação dos veículos e promover importante integração viária, tornando-se uma rodovia industrial relevante para o plano de mobilidade de Macaé e região.

No ano passado uma auditoria apontou irregularidades no projeto. Na época o prefeito da cidade, Dr. Aluízio Junior afirmou que irregularidades como compra de composições antes que garantias financeiras fossem confirmadas por entidades financeiras, como a Caixa Econômica Federal, contribuíram para que o trilho nunca tenha circulado.

O projeto foi lançado em 2009 Pela prefeitura de Macaé, que investiu R$ 15 milhões na compra dos veículos. O valor total da estrutura chegou a R$ 25 milhões. As quatro composições do veículo têm capacidade para transportar 350 passageiros. A previsão para inauguração do "Metrô Macaé" era julho de 2012, mas nunca rodou.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Japão vai lançar trem bala com banheira e deck para observação


A companhia ferroviária japonesa East Japan Railway, ou simplesmente JR Higashi, anunciou o lançamento de um trem-bala em Yamagata, uma província do Japão, que virá equipado com banheiras onde os passageiros podem aquecer os pés com água morna e outras mordomias dignas de um hotel 5 estrelas. O novo trem ainda não tem nome, mas deverá ser algo muito pomposo, assim como seus vagões.




Os diretores da companhia afirmaram que as operações estão previstas para começar no verão de 2017 e o novo transporte será um dos mais luxuosos do país. Serão 10 vagões, com lugares para 34 passageiros e  mimos como deck de observação e um vagão-restaurante com bar e lounge. O trem mais luxuoso que circula pelo Japão atualmente é o Kyushu Seven Stars, muito comparado ao Expresso do Oriente, um dos mais famosos do mundo. Confira algumas imagens e prepare-se para entrar na velocidade da luz!


segunda-feira, 23 de junho de 2014

1ª locomotiva nacional Progress/MGE


A primeira locomotiva nacional da Progress Rail/MGE está em fase de testes operacionais na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) Natal. Ela foi entregue em março e faz parte do Programa de Modernização do sistema de transporte de passageiros da capital do Rio Grande do Norte.

A locomotiva é do modelo PR 7 de 700HP e esta equipada com motor diesel eletrônico, controle de tração microprocessado, freio eletrônico, ar condicionado e sistema de monitoramento por câmeras. Os carros estão sendo produzidos em Patterson, nos Estados Unidos, e em Hortolândia, São Paulo.

A aquisição das duas locomotivas (Progress Rail/MGE) e de 12 composições de Veículos Leves Sobre Trilhos -  VLT (Bom Sinal) faz parte do projeto de modernização do sistema e trens urbanos de Natal, fruto dos investimentos do Governo Federal, por meio do PAC Equipamentos, no valor de 154 milhões de reais. Desse montante, 144 milhões foram investidos para a aquisição dos 12 VLT e 10 milhões para as duas locomotivas.

Revista Ferroviária

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Trilhos para chegar a Confins

Por Bárbara Ferreira

O governo de Minas lança nesta quarta um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a criação de projeto de transporte metropolitano sobre trilhos que ligará o centro de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana da capital. O procedimento possibilita uma consulta geral em que todos os interessados – iniciativa privada, centros de pesquisa e universidades – podem apresentar sugestões de modelos que tenham o melhor custo-benefício. Especialistas ouvidos por O TEMPO destacam o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o monotrilho como as melhores opções para o trecho. O PMI terá uma duração de 120 dias, e, ao fim desse prazo, o governo escolherá a melhor proposta de modal e traçado para o trecho.

O especialista em engenharia de transporte e trânsito Márcio Aguiar explica que o trecho não comporta o metrô porque é um ponto de demanda média. “Nesses casos, temos o VLT e o monotrilho. Os dois têm um custo aproximado e suportam a demanda da região. A principal diferença é que o monotrilho é suspenso e não altera o trânsito que já existe”, revela o engenheiro.

Aguiar acredita que, nesse caso, o monotrilho traria mais benefícios, já que é suspenso e sua capacidade pode ser alterada de acordo com a demanda. “Nesse tipo de transporte, o número de vagões pode variar, alterando sua capacidade. Podemos trabalhar em Belo Horizonte com carregamento menor. O monotrilho é um sistema igual ao trem. Cada módulo pode carregar quase mil passageiros”, avaliou.

Os custos, segundo ele, variam bastante. Para a instalação do monotrilho, seriam gastos aproximadamente R$150 milhões por quilômetro, enquanto o do VLT – que é mais barato – ficaria em R$ 100 milhões. No quesito rapidez, os dois modelos estão muito próximos, chegando a uma velocidade média de 80 km/h.

Para o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em planejamento de transporte urbano Dimas Alberto Gazzola, os dois modelos são opções viáveis, mas o VLT é mais barato e, como não existem tantas ocupações urbanas no trecho, é uma opção melhor que o monotrilho. “O monotrilho é um exagero para a região. É uma distância muito grande para uma demanda relativamente pequena”, afirma.

Uma sugestão do professor Marcio Aguiar é montar uma linha de monotrilho que saia da Lagoinha – onde pode convergir com o BRT e o metrô da capital – e que passe por cima do canteiro central da avenida Pedro II, passando pela Pampulha e indo até Confins.

Lançamento

Evento. O Projeto de Manifestação de Interesse (PMI) para o transporte será lançado pelo governador Alberto Pinto Coelho, nesta quarta, às 11h, no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa.

Outros projetos

Contagem/Betim.  Os levantamentos para a implantação de um transporte de passageiros sobre trilhos entre Betim e Contagem, na região metropolitana da capital, estão previstos para começar ainda neste ano. No último sábado, a empresa Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas), ligada à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), publicou aviso de licitação para a contratação de estudos de engenharia para fazer o projeto executivo.

Linha. A ideia é usar uma linha ferroviária que já existe entre as duas cidades e que liga os bairros Jardim das Alterosas, em Betim, e Eldorado, em Contagem. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, destinado à mobilidade urbana.

Trem. Existe também o projeto Trem (Transporte Sobre Trilhos Metropolitano), que prevê a reativação ferroviária e a operação do serviço de transporte de passageiros em parte dos 500 km de trilhos existentes na região metropolitana e no entorno.

Lotes. O projeto Trem é dividido em três lotes. O primeiro liga as cidades de Divinópolis, Betim, Belo Horizonte e Sete Lagoas. Já o segundo passa por Belo Horizonte, Brumadinho, São Sebastião das Águas Claras (Nova Lima) e Eldorado. O terceiro abrange Belo Horizonte, Nova Lima, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto.

Andamento. O projeto foi apresentado em 2011 e é de responsabilidade da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana. A reportagem de O TEMPO tentou entrar em contato com a agência para saber mais detalhes sobre o andamento do estudo, mas não conseguiu falar com os responsáveis.

Veículos suspensos são opção

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dimas Gazzola afirma que, se a demanda for exclusivamente para usuários do aeroporto, outra opção seria um sistema com carros suspensos sobre trilhos.

Segundo ele, cada veículo suportaria seis passageiros e passaria pelas estações a cada um minuto. O professor explica que esse modelo já é usado em algumas cidades da Europa, mas ressalta que só seria viável caso fosse de uso exclusivo de passageiros do aeroporto.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Prefeitos querem linha de trem ligando a cidade de Alagoinhas a Salvador


O prefeito Ademar Delgado reuniu na tarde de segunda-feira (16/06) com gestores de municípios da Região Metropolitana e adjacências para que juntos possam atender aos interesses da população que vive nesses locais.

Diversas ações que integram a região foram pautadas, com destaque para o trem de passageiros ligando a capital a Alagoinhas (124 quilômetros), ampliando a mobilidade urbana dos cidadãos.

“Nós convidamos os prefeitos para discutir interesses em comum e todos concordam que o trem vai facilitar a vida daqueles que moram nessas cidades. No entanto, esta é uma ação em que vamos precisar muito do governador para levar esse serviço à população”, comentou o prefeito Ademar.

O prefeito de Simões Filho, Eduardo Alencar (PSD), acredita que o trem vai “dar vida” para a região e otimizar a mobilidade urbana. “Isso vai retirar um fluxo de veículos da BR-324 e a população vai chegar mais rápido em seus destinos, evitando congestionamentos”, comentou.

A prefeita de Dias d’Ávila (PT), Jussara Nascimento, lembrou que por muito tempo o transporte ferroviário era utilizado por passageiros. “É o desejo da população retornar a este tipo de transporte”.

Também estiveram presentes ao encontro o prefeito de Alagoinhas, Paulo César Simões (PDT), Antonio Magno de Souza (PT), de Vera Cruz, Geranilson Requião (PT), de Catu e Maria das Graças Leal (PT), de Araçás.

Foto: Agnaldo Silva

Tribuna da Bahia

Obras de modernização alteram circulação da CPTM

Por: Égon Rodrigues - Diário de São Paulo


Neste feriado e fim de semana, 19, 20, 21 e 22 de junho, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) continuará com as obras de modernização em algumas de suas linhas. Segundo informações divulgadas pela empresa na tarde desta quarta-feira, 18, os trens circularão com maiores intervalos em trechos e horários específicos.

Linha 7-Rubi (Luz – Francisco Morato – Jundiaí)

Na quinta-feira, 19, das 4h às 9h, os trens circularão com intervalo médio de 20 minutos em toda a linha. As principais mudanças serão nos equipamentos de via permanente entre as estações Lapa e Piqueri.

Domingo, 22, das 4h às 17h, a circulação ficará interrompida no trecho entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Perus, devido às obras de modernização no sistema de rede aérea, sinalização e equipamentos de via.

Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão nas estações Palmeiras-Barra Funda e Perus, com parada na Estação Pirituba para embarque e desembarque.

As senhas para utilização dos ônibus de conexão deverão ser retiradas nas estações. O intervalo médio estimado pela CPTM será de 21 minutos entre Luz e Palmeiras-Barra Funda e de 15 minutos entre Perus e Jundiaí. 

Linha 8-Diamante (Júlio Prestes – Itapevi – Amador Bueno) 

Domingo, das 4h até meia-noite, haverá manutenção no sistema de rede aérea  entre as estações Presidente Altino e General Miguel Costa. O intervalo médio será de 25 minutos entre as estações Júlio Prestes e Itapevi.

Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) 

No sábado, 21, das 21h até meia-noite, serão realizados serviços no sistema de rede aérea entre as estações Santo Amaro e Autódromo. A companhia estima um intervalo médio de 22 minutos entre Osasco e Grajaú.

Já no domingo, das 4h às 17h, serão realizadas obras de modernização na passarela de acesso à ciclovia entre as estações Pinheiros e Cidade Jardim. O intervalo médio estimado pela CPTM será de 22 minutos entre Osasco e Grajaú.

Devido à manutenção da Linha 8-Diamante (Júlio Prestes – Itapevi – Amador Bueno), os trens da Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) circularão no trecho entre as estações Grajaú e Presidente Altino. Os passageiros precisarão fazer transferência na Estação Presidente Altino para completar a viagem.

Linha 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra)

No domingo, das 8h às 16h, haverá serviços de manutenção nos equipamentos de via permanente  entre as estações Mauá e Rio Grande da Serra. O intervalo médio estimado será de 10 minutos entre Brás e Mauá e 20 minutos entre Mauá e Rio Grande da Serra. 

Linha 12-Safira (Brás – Calmon Viana) 

Na sexta, 20, das 22h até meia-noite, os trens circularão com intervalo médio de 35 minutos entre as estações Brás e Calmon Viana, em razão das obras na rede aérea e equipamento de via permanente.

Sábado, das 15h até meia-noite, os trens circularão com intervalo médio de 35 minutos entre as estações Brás e Calmon Viana, em razão das obras na rede aérea e equipamento de via permanente. A circulação ficará interrompida neste mesmo trecho no domingo, das 4h até meia-noite, em função das obras e da manutenção de equipamentos de via permanente e sistema de rede aérea.

Para atender aos usuários, também serão disponibilizados ônibus de conexão. A opção para os usuários no trecho entre as estações Brás e Tatuapé serão os trens do Expresso Leste.

Ônibus de conexão

Haverá ônibus de conexão, nas seguintes estações:

- Tatuapé a Itaim Paulista: ônibus com paradas para embarque e desembarque na Estação São Miguel Paulista.

- Itaim Paulista a Poá: ônibus com paradas para embarque e desembarque nas estações Itaquaquecetuba e Aracaré.

As senhas para utilização dos ônibus de conexão deverão ser retiradas nas estações.

Os fantasmas do Metrô em dia de Copa

Diário do Povo mostra quem são as pessoas que, por opção ou obrigação, tiveram de encarar os vagões das linha

A estação Consolação às 14h28 e às 16h / Leo Martins/ Diário SP
Por: Filipe Sansone 

Às 15h,  a maior parte das estações do Metrô da capital estava abarrotada de passageiros, sobretudo as que  fazem interligação com outras linhas do próprio Metrô, da CPTM e da EMTU. Uma hora depois, no entanto, enquanto os jogadores do   Brasil cantavam o hino nacional ao lado dos mexicanos,  o cenário era totalmente diferente: corredores vazios e trens com muitos lugares para sentar. 

Os  que tinham de trabalhar tentavam dar um jeito de saber o placar do jogo. Os dois seguranças da Estação Sé, no Centro, que auxiliavam os poucos passageiros que saíam dos vagões, aproveitaram para perguntar à reportagem se o Brasil estava ganhando. 

“Está sendo um inferno. Entramos às 14h e vamos até às 23h”, disse um deles, que pediu para não ter a identidade revelada.  “Independentemente do jogo, seguimos a escala normal de trabalho e já tivemos de encarar o horário de pico, das 14h  às 15h30”, reclamou o outro.

A atendente de telemarketing Andreia Nunes Ferreira, de 17 anos, estava, às 16h30, na Estação Vergueiro da Linha 1- Azul. “Minha equipe não cumpriu a meta esperada e tivemos de ficar até as 16h. Trabalho na Estação São Judas e moro em Mauá,  na Grande São Paulo. Acho que vou chegar só às 19h em casa. Perdi o jogo, mas pelo menos peguei o Metrô vazio.”

A assistente administrativa Ellen Medeiros, 25, estava, às 16h10,  com uma peruca verde e amarela dentro do Metrô na Estação Consolação da Linha 2 -Verde. Enquanto isso, a seleção já corria há dez minutos atrás da bola em Fortaleza. A meta dela, quando saiu do trabalho, às 15h,  era conseguir chegar às 16h em São Bernardo, onde mora. 

“Saí às 15h, mas fiquei 40 minutos parada no ônibus até chegar à Estação Faria Lima (da Linha 4 - Amarela). Vou ver se consigo chegar para o segundo tempo.”

O pedreiro Sandro Rafael,  27, trabalha em Santana, na Zona Norte, e mora em Jandira, na Grande São Paulo. Às 16h50 ele estava na Estação Marechal Deodoro, da Linha 3-Vermelha, para tentar chegar até a Barra Funda e pegar um ônibus para casa. Nem no rádio ele acompanhava o jogo.

Na correria, meninas fazem a maquiagem na plataforma

Como não tiveram tempo para fazer a maquiagem antes de saírem da Estação Consolação, a designer Lilian Kozemekin, de 22 anos, e a estudante Aline Spina, 23, resolveram pintar os rostos com faixas de verde e amarelo ali mesmo. Depois, partiram para  um bar na Rua Augusta, onde assistiram ao jogo. “Eu vim do trabalho na Vila Mariana e a Aline veio de casa na Saúde”, conta Lilian. “A gente se encontrou aqui no Metrô para facilitar.” Ao lado, uma centena de pessoas passava apressada para ainda tentar assistir ao confronto contra os mexicanos em uma televisão.

Perto dali, na Estação Liberdade da Linha 1 -Azul, já no meio do jogo, o metalúrgico Marcos Paulo, de 24 anos, voltava da primeira visita à sobrinha, que acabara de nascer. “Ela está em um hospital perto da Estação Paraíso. Agora vou voltar para Osasco, onde moro, e tentar pegar o segundo tempo”, disse Marcos.

Depósitos de trens são declarados patrimônios históricos em Campinas

Do G1 Campinas e Região

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Condepacc) tombou trilhos de linhas mortas, os depósitos de locomotivas elétricas e a vapor, ferramentas e a alvenaria de uma caixa d'água do Complexo Ferroviário da antiga Fepasa, localizado no Centro de Campinas (SP). Além disso, áreas abertas e o próprio solo do espaço também passaram a ser patrimônio histórico e cultural reconhecido pela cidade. O tombamento foi publicado nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial do município.

O tombamento possibilita a preservação de um "museu a céu aberto" sobre a ferrovia na região, segundo a coordenadora do setor patrimonial da Prefeitura e membra do Condepacc, Daisy Ribeiro. Os itens tombados não eram contemplados pela resolução de 1990 que tornava patrimônio apenas os galpões do complexo ferroviário.

Segundo Daisy, até então não haviam sido concluídos os estudos que permitiam que os bens móveis fossem tombados como patrimônio histórico cultural. Ela informou que pelo menos 50 locomotivas também foram tombadas e que poderão ser futuramente restauradas. "Estamos conversando com a ABPF [Associação Brasileira de Preservação Ferroviária] para restaurar algumas locomotivas para circular na Maria Fumaça", conta.

Complexo tombado por inteiro
A Prefeitura afirma que, com esta resolução, todos os imóveis, espaços e bens do Complexo Ferroviário passaram a ser patrimônio histórico e cultural. De acordo com a publicação no Diário Oficial, foram tombados duas cabinas, os depósitos de locomotivas elétricas e a vapor, o vestiário das locomotivas a vapor, a Casa de Areia, o prédio da administração da casa de carros, a alvenaria da caixa d'água de um antigo pátio circular, o poço, a balança, um bueiro, a Casa do Rádio, a baldeação - assim como o prolongamento metálico dela - , as paredes remanescentes do escritório de baldeação e as torres de distribuição e de iluminação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

Já da Companhia Mogiana, foram tombadas a escola ferroviária, o vestiário da antiga quadra de esportes, o restaurante, a contadoria, o vestiário coletivo, a oficina, o museu, o mictório da oficina, o areeiro, os depósitos de ferro, de óleo e bronze e a nova casa de carros. Além disso, tornaram-se patrimônios culturais os espaços vazios entre os imóveis do Complexo Ferroviário e os trilhos das linhas mortas.

Preservação do sistema ferroviário
Entre os itens curiosos do tombamento, está a alvenaria de uma caixa d'água, além de um poço e um bueiro. Segundo Daisy, itens como esses são importantes para a preservação da memória do sistema ferroviário, tendo em vista que são aparatos que possibilitavam a circulação dos trens. "É aparentemente estranho, porém as caixas d'água eram fundamentais para as locomotivas movidas a vapor. Elas eram como se fossem postos de gasolina para o sistema", explica ela.

Sítio arqueológico
Daisy explica que o solo entre os galpões também passou a ser patrimônio, tendo em vista que há vestígios de que o local possa ser um sítio arqueológico recente. "Há indícios de que a região seja um sítio arquiológico histórico, com objetos de 100 a 200 anos". Ela afirma que ainda deve ser feito um diagnóstico para a exploração da área, mas que era necessário realizar o tombamento primeiro. A membra do Condepacc explica ainda que, com o tombamento do solo, será possível investigar as ligações subterranêas que abasteciam outras estações com água, o "combustível" das locomotivas a vapor.

Ministro diz que BRTs são soluções para a mobilidade urbana


O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, disse na última segunda-feira (16), em Niterói (RJ), que os investimentos em corredores exclusivos, os chamados BRTs, estão sendo destinados para todo País. De acordo com o ministro, o modal é uma das principais alternativas para o desenvolvimento dos municípios. "A solução da mobilidade urbana nas grandes cidades passa por investimentos como esse aqui em Niterói, com a construção da Transoceânica, e como é o caso da Transcarioca, no Rio de Janeiro, e dos corredores em Belo Horizonte que entraram em operação recentemente", afirmou Gilberto Occhi durante o lançamento do edital de contratação para as obras do BRT Transoceânica.

Para o ministro, a falta de projetos é um dos grandes gargalos para os investimentos no setor da mobilidade urbana. "É importante que o Brasil se acostume a preparar projetos, pensar de maneira planejada para o futuro, para que o governo federal continue investindo em obras importantes para a população", disse o ministro das Cidades.

Gilberto Occhi também informou que a decisão de oferecer condições diferenciadas de financiamento público aos municípios só é viável por meio das condições de pagamento facilitadas pelo governo federal, com prazos mais longos e taxas de juros reduzidas.

O governo federal já investiu aproximadamente R$ 93 bilhões em mobilidade urbana no País que, somados aos R$ 50 bilhões do Pacto Nacional para novos empreendimentos, totalizam cerca de R$ 143 bilhões de recursos disponíveis para obras e projetos.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, destacou que foi preciso vencer diversas etapas antes de realizar o lançamento do edital da Transoceânica, como a elaboração do projeto básico do empreendimento e a seleção da proposta pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana. "As pessoas acham que é fácil chegar no dia de hoje. Precisamos vencer etapas que demandaram tempo e esforço para tornar viável e possível esta obra", afirmou Neves.

Para o prefeito, as obras de mobilidade urbana são vitais para a qualidade de vida em Niterói. "Nós estamos fazendo um esforço para pensar em ações de curto prazo como mãos reversíveis, agentes de trânsito nas ruas, mas essas ações são pontuais, o que vai nos garantir melhor mobilidade vai ser estruturar o projeto de mobilidade urbana", finalizou Rodrigo Neves.

Informações: Brasil.gov.br/Blog Meu Transporte