terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Estudo do BNDES aponta que ferrovias e portos devem ter o maior incremento de recursos.

Por Natália Pianegonda


Os investimentos em infraestrutura de transportes devem crescer aproximadamente 55% a partir deste ano até 2014, segundo o boletim Perspectivas do Investimento, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os valores aplicados devem somar R$ 163 bilhões, R$ 58 bilhões a mais que no quadriênio anterior. 

O destaque é para portos e ferrovias. Conforme o levantamento, com o programa de concessões do governo federal e de parcerias público-privadas, o setor portuário deve receber R$ 34 bilhões. O valor é 124% maior que no período de 2009 a 2012, quando foram aplicados R$ 15 bilhões. Isso decorre de diversos fatores, entre os quais a pressão de demanda a que alguns portos estão submetidos, como Itaqui (MA), Suape (PE), Vila do Conde (PA), Vitória (ES), Santos (SP) e Paranaguá (PR) e à expansão dos mercados de commodities de exportação, de contêineres e de carga geral. 

O levantamento também dá destaque para os terminais de uso privado, que passam a movimentar cargas de terceiros com o novo marco regulatório do setor, que entrou em vigor no ano passado. No entanto, conforme o documento, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) deverá acompanhar de perto a operação desses terminais para garantir a execução dos investimentos nas infra e superestruturas. 

Já para o setor ferroviário, a previsão é que os recursos somem R$ 59 bilhões, o que representa uma alta de 108% se comparado com os R$ 29 bilhões investidos no quadriênio anterior devido, em especial, à expansão de ferrovias existentes, como por exemplo a Norte-Sul e a Transnordestina.  

Para aeroportos e rodovias, a perspectiva é que o crescimento seja mais modesto. No primeiro caso, os investimentos passarão de R$ 7 bilhões para R$ 8 bilhões, que representam crescimento de 20%; no segundo, de R$ 54 bilhões para R$ 62 bilhões, o que significa alta de 16%. 

O levantamento avalia 17 setores da economia e prevê que, ao todo, os investimentos terão uma alta de 26% se comparado ao período de 2009 a 2012, o equivalente a um incremento de 4,7% ao ano.  

Agência CNT de Notícias/Intelog 

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