quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Frente Ferroviária comemora anúncio da expansão da malha ferroviária para a região de Campinas

Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, trem regional para eixo Americana, Campinas, Jundiaí e São Paulo terá prioridade. Vereador Lorival defendeu recuperação das linhas férreas existentes na região para operacionalização dos trechos entre os municípios

O coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Transporte Ferroviário de Passageiros das Regiões de Campinas e Jundiaí, vereador Lorival Messias de Oliveira (PROS), comemorou nesta quarta-feira, 4, a expansão da malha ferroviária na região. O anúncio foi feito pelo Secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, na Assembleia Legislativa (ALESP), durante reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista.

Para o vereador Lorival, o anúncio é um avanço para a região e dá novo fôlego ao trabalho da Frente. “Sabíamos que não seria fácil e que o processo seria demorado, mas desde o início tínhamos a certeza que ele sairia do papel. E os estudos estão comprovando essa demanda e apontando a necessidade”, afirmou.

Segundo Fernandes, o trem para a região de Campinas (Americana, Campinas, Jundiaí e São Paulo) será umas das prioridades no plano de expansão da malha ferroviária, já que, dos quatro principais eixos que ligam o interior a Capital, a Anhanguera/Bandeirantes é o mais importante do ponto de vista econômico.

O secretário ainda anunciou a finalização dos projetos funcionais para os trens regionais de Jundiaí, Santos e Sorocaba. “O projeto de Jundiaí é o mais avançado de todos e está em vias da contratação”, afirmou. “Os estudos sempre consideram duas alternativas: usando a faixa atual ou construindo uma faixa nova. É claro que se formos usar o leito já existente ganhamos pelo menos dois anos”, explicou.

Segundo ele, as principais dificuldades para trazer o trem de volta são por causa das licenças ambientais e dos processos relativos aos tombamentos das estações. Além disso, Fernandes destacou que todas as linhas tem que ser novamente reformadas – datadas do século XIX - e eletrificadas, o que representaria um custo alto.

De acordo com o estudo apresentado pela CPTM, a estimativa é que os trens regionais percorram 50 km a cada 30 minutos. O tempo de percurso será uma das principais vantagens desse tipo de transporte. 

Compartilhamento e revitalização de vias

Lorival Messias de Oliveira se queixou do transporte ferroviário de cargas que, segundo ele, chega a passar pelo município várias vezes ao dia, trazendo sujeira e perigo às cidades.

Sobre esse assunto, o secretário garantiu que 2016 é o prazo máximo para o governo federal tirar a carga de São Paulo. “Em 2016, encerra-se o convênio com o governo federal e nós não queremos mais o trem de carga. Já alertamos o governo federal sobre a necessidade de uma alternativa para o transporte de cargas em São Paulo. O Ferroanel tem que existir para tirar a carga de São Paulo. Não haverá mais compartilhamento de vias”, disse.

Em tom de apelo, vereador Lorival disse não haver mais condições de trafegar nas rodovias, citando como exemplo os 600 ônibus diários que saem da região com destino a capital. “Sabemos que atitudes equivocadas no passado acabaram com a ferrovia, mas por necessidade elas devem voltar. São 47 km de linha abandonada de Jundiaí a são Paulo; a CPTM tem que recuperar essas vias para que o trem de passageiros, o verdadeiro transporte de massa, circule por toda a região”, pediu.

Além do vereador Lorival, esteve representando a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Transporte Ferroviário das Regiões de Campinas e Jundiaí, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Estado, Ariovaldo Bonini.

A Frente em Defesa da Malha Ferroviária Paulista é coordenada pelo Deputado Mauro Bragato (PSDB). 

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