sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Reunião em Londrina vai discutir Ferrovia Norte-Sul no Norte do Paraná

Juliana Leite com assessoria - O Diário.com

Londrina será palco, na próxima segunda-feira (16), de mais um rodada de discussão sobre as estratégias de defesa da inclusão da região Norte no traçado da Ferrovia Norte-Sul, antes contemplada no Programa de Investimentos em Logísticas (PIL), do governo federal. As lideranças políticas, empresariais e do agronegócio e as entidades da sociedade civil organizada afirmam que o novo traçado implica em prejuízos para a norte paranaense.

O encontro está programado para ocorrer às 16h no Centro de Treinamento Milton Alcover, na Sociedade Rural do Paraná (SRP). No início da semana, instituições da região se reuniram em Maringá, a convite do comitê gestor do Conselho de Desenvolvimento Economico de Maringá (Codem) e Agência de Desenvolvimento Terra Roxa Investimentos para tratar o tema.

O projeto alterado – e já aprovado – interligará Maracajú, no Mato Grosso do Sul, e depois volta ao Paraná por Guaíra, Cascavel e Guarapuava. "De Panorama, no Estado de São Paulo, onde a ferrovia está parada, o traçado não seguirá pelo Norte do Paraná e até Guarapuava e Pato Branco – como estava planejado -, para em seguida chegar a Santa Catarina", informou o vice-prefeito de Apucarana e diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento (Idepplan), engenheiro Sebastião Ferreira Martins Junior.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), Marco Tadeu Barbosa, conclamou todos a se unirem na luta. "É evidente o prejuízo que o Norte do Paraná terá no futuro, se ficar fora desse projeto; nossos produtos não terão o mesmo grau de competição, comparados aos de outras regiões", frisou Barbosa.

"Não podemos ficar calados nessa hora, aceitando que nossa região seja excluída no traçado da Ferrovia Norte-Sul; vamos nos mobilizar e somar forças na defesa do Norte do Paraná", defendeu o presidente do Codem e também da Terra Roxa, José Carlos Valêncio.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), que também prestigiou a reunião do Codem, Flávio Balan, pediu a união de todos os segmentos produtivos e também das forças políticas. Nivaldo Benvenho, do Conselho da Acil e diretor da Terra Roxa, lembrou que o alto custo do pedágio, já inviabilizou a instalação de novas fábricas da Cargil e da Eletrolux no Norte do Estado. "Precisamos somar forças para manter o traçado original da Ferrovia Norte-Sul", assinalou.

A nova ferrovia, conforme projeta o Governo Federal, servirá para estimular as transações comerciais no mercado interno. A Norte-Sul terá bitola de 1,60m e os comboios poderão trafegar com velocidade de até 70 km/h. No atual modelo, operado por concessão pela América Latina Logística (ALL) no Paraná, a bitola é de um metro e a velocidade de apenas 20 km/h. "Não somos contra o ramal já conquistado pelo Oeste do Paraná e o Mato Grosso do Sul, mas precisamos lutar para que o Norte do Paraná seja, efetivamente, contemplado neste projeto", ressaltou o vice-prefeito de Apucarana.

Da reunião na ACIM, também participaram o reitor da Unicesumar, Wilson Matos Silva; Fernando Camargo, secretário de obras de Maringá; Wilson Tomio Yabiku (Codem); Valter Viana, secretário de desenvolvimento econômico de Maringá; Luiz Henrique Vezozzo (Codel); Paulo Meneguetti (Alcopar); Alexandre Farina (Terra Roxa), além de outros conselheiros e diretores do Codem e da ACIM e representantes da UEM, Amusep, Fiep (Londrina e Maringá) e Sinduscon.

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