sábado, 9 de novembro de 2013

Operação comercial do Metrofor só em junho/2014


Por Carlos Eugênio

Com as obras civis concluídas e os trens rodando em operação assistida, com intervalos entre carros de 18 a 20 minutos e fluxo médio de cerca de dez mil passageiros por dia, o metrô da Linha Sul de Fortaleza ainda terá de aguardar um ano para passar a operar em plena capacidade, com intervalos entre trens de três minutos e público anunciado de 355 mil pessoas, diariamente. Já a operação comercial, prevista para iniciar no fim de 2013, foi adiada para junho do próximo ano.


Os adiamentos foram confirmados ontem, pelo presidente do Metrofor, Rômulo Fortes, ao informar o lançamento de cinco licitações para aquisição e instalação dos sistemas fixos, totalizando recursos da ordem de R$ 229 milhões. Segundo a direção do Metrofor, dos cinco processos licitatórios, dois estão em curso, sendo um para ventilação dos túneis, no valor de R$ 23,8 milhões e outra, para aquisição de equipamentos de oficina, no valor de R$ 45 milhões.

Outras três licitações estão na Procuradoria Geral do Estado (PGE) para análise e consequente lançamento dos editais. São elas: sinalização e controle, R$ 117 milhões; telecomunicações, R$ 34 milhões e mais R$ 9 milhões, para o sistema automático de bilhetagem.

Do total dos recursos, acrescentou Fortes, R$ 94 milhões já estariam garantidos pela União, enquanto o governo do Estado entrará com contrapartida de R$ 41 milhões. Conforme explicou Fortes, o metrô pode rodar normalmente sem esses sistemas, mas apenas no modo de operação assistida. A expectativa dele é que as licitações estejam conclusas no primeiro trimestre de 2014 e os serviços, até o fim do próximo ano.

TCU

Em relação à orientação do Tribunal de Contas da União (TCU) de suspender obras do metrô da Linha Sul, por indícios de irregularidades e superfaturamento, Fortes explica que todas as obras civis já foram concluídas e que os trens continuarão a rodar normalmente. Conforme assegurou, a auditoria relativa a um dos contratos citados esta semana, pelo TCU, o de nº 11/2010, já foi encerrada e o acórdão arquivado. O outro contrato, de nº 14/1998, acrescenta o executivo, ainda encontra-se sob avaliação do Tribunal e continuará, segundo ele, até que uma Tomada de Conta Especial (TCE) determinada pelo TCU seja concluída. "A suspeita de irregularidade é de 7% (do valor do contrato, no valor de R$ 736,38 milhões) e isso só vai ser resolvido quando a TCE for concluída", explica.

Ainda de acordo com Rômulo Fortes, mesmo que esta irregularidade venha a ser comprovada posteriormente, o Metrofor tem um seguro garantia, feito pelo consórcio construtor, que assegura o ressarcimento integral dos recursos, os quais podem ser reaplicados no equipamento ou devolvidos aos cofres da União.

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